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A "Final do Século" se transformou na vergonha do século - Opinião

Vendida como a final do século ou a final do mundo pela Conmebol, a decisão da Libertadores 2018 serviu para atestar uma coisa: Nossa entidade máxima do futebol é  incapaz de realizar um evento grandioso como este. Pior ainda, nosso povo Sul americano não está preparado para receber uma festa como está.

Uma final que começou toda errada desde antes da sua definição. Quando o River Plate passou de fase mesmo tendo escaldo jogadores irregulares sem nada lhe acontecer, algo não soava bem. Avançou-se mais um pouco e chegou-se a semifinal contra o Grêmio, que digamos que foi no mínimo prejudicado pela "má atuação do VAR", indo além neste mesmo jogo, o técnico do clube argentino, mesmo suspenso, adentrou ao vestiário no intervalo e a Conmebol mais uma vez passou pano.
Estava tudo escrito, não nas estrelas, mas nos corredores sujos da entidade que gere o futebol Sul americano, que a final seria midiática e destronariam a europa com um só jogo.
Tanto fizeram que conseguiram atrais as atenções do mundo com um jogo, que por sua história e grandeza, merecia toda ela.
Mudou-se os horários e dias dos jogos para que os mesmos se tornassem atraente para as TVs europeias. Logo de cara, o destino castigou o olho grande da Conmebol, dilúvio em Buenos Aires e jogo adiado em um dia. Se a Conmebol tivesse realizado a partida no meio de semana, isso não teria acontecido (Referência).
Tudo preparado para a grande a final, menos os torcedores do Ríver e a federação continental. Aos torcedores animais que se comportaram como animais, demonstraram o quão mesquinha é sua capacidade de convivência harmônica. A Conmebol, que queria obrigar aos jogadores feridos do Boca a entrarem em campo, e também sua demora para responder ao público que esperou por quase 6 horas nas arquibancadas, fica a demonstração do tamanho de sua ganancia e incapacidade administrativa.
Isto não é futebol!
Era esperado uma festa, um espetáculo esportivo.
Tiraram-nos o que tanto esperávamos, a violência apoderou-se da final da Copa Libertadores.
Hoje em Madrid, o Barcelona e o atlético jogaram a vida em campo. Muita paixão, mas nada de violência. Um impressionante mosaico, bastou para nos mostrar o que se vive neste jogo.
Deste lado do mundo, em Buenos Aires a história era diferente. Gás de Pimenta, chuva de pedras e garrafas nos adversários, crianças sendo usadas como mulas para esconder sinalizadores, jogadores com os olhos vendados, pessoas que tiveram seus ingressos roubados, vandalismo e correria no monumental.
Não queremos o da Argentina. Queremos algo como o da Espanha. Queremos futebol. Não queremos violência.

 Se a Conmebol ensinou alguma coisa ao mundo hoje, é como não se organizar um campeonato.

PS: Isso não é futebol raiz.

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